domingo, 3 de maio de 2015

De novo, outra vez...

Perdi as contas de quantas vezes comecei escrever nesse blog e parei... hoje não consigo saber o por que de eu ter parado tantas vezes.

Me lembro que escrevia muito sobre o meu medo de mudar. Talvez esse seja o "por que". Escrever nos obriga a pensar e criar coragem pra realizar. Covardemente, acredito, eu fugia de tudo, inclusive de encarar as minhas próprias palavras e pensamentos sobre o fracasso que estava sendo minha vida.

É.. escrevendo ou não, a vida nos obriga a mudar. Sim! Eu mudei!.. Precisei. Me obriguei.
Confesso que ainda não estou no melhor de mim, mas agora consigo encarar as minhas próprias palavras e me escutar sem fugir.

Eu sempre gostei de escrever.. palavras soltas em linhas bambas.

As pessoas não se importam com o que está escrito, elas tem preguiça.. não sentem.. preferem escutar, mesmo que pequenas mentiras soltas no tempo.
Eu gosto de escrever  justamente por isso, ninguém se importa. Ninguém palpita. Minhas palavras correm sem limites e meus sentimentos se afloram, se fazem presente.

Nos últimos meses a minha vida tem sido uma loucura.
Conheci alguém que não está tão disponível quanto se mostra estar.
Não, não o quis assim. Simplesmente quando o conheci não sabia de nada.. e as coisas foram acontecendo de um jeito que quando vi já estava envolvida numa história que nao era minha.

Desde então meus dias correm assim, sem saber o que esperar. Pra alguns viver na incerteza é legal, muitas pessoas gostam da surpresa. Particularmente, eu não gosto. Gosto de saber o que pensar.
Resumindo, a minha participação nessa história gerou uma grande confusão na minha cabeça, uma instabilidade emocional.

E é a partir daqui que a minha história começa.
Ou acaba!

terça-feira, 2 de julho de 2013

O Início

My Dear Diary

Apaguei todo meu blog de futilidades pra escrever apenas sobre uma pessoa: EU.
Eu sei, parece meio egoísta, mas acredito que as vezes o egoismo se faz necessário.
Por muitos anos me deixei levar por amizades, amores, fazia disso meu alicerce e por muitas vezes cai. Levantei, continuei e cai de novo.
Certo dia, um marujo* esperto, vendo a minha situação, me disse uma coisa que não saiu da minha cabeça:

"Árvore sem raiz, tomba com qualquer vento".

Eu pensei nisso por uns dias e vendo o geral das palavras dele eu comecei a me ligar nas minhas raízes. Família. Sempre fui uma pessoa muito família, muito ligada a minha mãe, mas nunca tinha parado pra pensar na importância disso pra minha vida.
Nessa época eu morava fora de casa e então resolvi voltar. Afinal de contas, o fruto não cai longe do pé, se eu tinha q criar raízes então que seria com a força das minhas próprias raízes.
A vida é bela. Tem suas belezas. O ciclo é certo. Tudo o que existe no mundo nasce, evolui e morre. E a vida levou a árvore mais linda e sábia do meu bosque. A árvore cuja raiz fortalecia todas as outras, secou, se foi. Meu vô morreu.

O luto veio, e como tudo na vida, se foi. Chorei a perda do meu avô, porém de certa forma a imagem da pessoa que ele era, do conhecimento, de tudo o que ele havia feito, tudo isso me consolava. Venho de uma família com a educação religiosa voltada para o espiritismo, então eu sabia que independente ele estivesse, ele seria acolhido e muito bem cuidado. Eu sinceramente acredito na evolução do meu avô, fomos acolhidos, minha família aceitou e evoluiu bem em relação a essa passagem, e eu sei que isso depende dos dois lados. Eu sinto a falta dele, mas eu entendo o ocorrido. Deus sabe o que faz.

Fiquei bem, mas apesar de eu estar viva e vendendo saúde, um pedaço de mim morreu por dentro. Não pelo meu vô, mas por mim.
Junto com ele, foi tbm a minha inocência, me vi obrigada a crescer, a mudar.
Por dias fiquei imaginando o que teria acontecido comigo se Deus levasse a minha mãe. Eu ainda sou uma arvorezinha sem raiz brotando na sombra feita por ela e me alimentando do que a sua raiz me da. Eu não sobreviveria. Eu amo a minha mãe mais do que tudo nessa vida. Esse mesmo impacto que eu sofri, me vendo frágil, ela tbm sofreu. Eu via nas palavras dela, a calmaria do desespero, do medo de ir embora e deixar seus frutos sem raízes.

Eu chorei.. muito.
Eu tinha que mudar... mas mudar dói.
Sair da zona de conforto é assustador.
Foi em Fevereiro, conversando com uma velhinha* sábia, que eu escutei um dos conselhos mais importante que eu já escutei na minha vida.

"Criança, a nossa evolução é individual. Viemos sozinhos e vamos sozinhos. Faz parte da evolução dos pais fazer o melhor para que os filhos evoluam, mas os filhos evoluem sozinhos. Pra crescer, imagine que você esteja sozinha. Vivencie a sua família, aproveite, mas crie as suas PRÓPRIAS RAÍZES. Tenha certeza que fazendo assim, tendo suas raízes fixadas, o ciclo da evolução entre "pai e filho" será fechado, voltando então a ordem de irmãos de espírito."

Agora, voltando ao que falei no começo, entende como não é egoismo?
Se eu não for por mim, quem será?
Eu preciso mudar, eu tenho que mudar, eu quero mudar.
Eu só não sei por onde começar.